11.4.11

A Metade

Foi então que a vi, a Metade. Perdera seu viço, logo ele que hipnotizava as pessoas. Mas o que são as pessoas e a vida? Uma vitrine da outra. Antes, assim ela estava...na vitrine a espera de ser sucumbida por quem a desejasse, indefesa, insegura, embora madura, e então fora apanhada, como várias adolescentes enfogueiradas pelo assédio masculino e pela curiosidade inconseqüente em acreditar que controlam seus instintos e que as frases são eternas e verdadeiras. Acordem princesas, “era uma vez” já se foi, o futuro certo com final feliz, inexiste, porque felicidade são momentos e não a eternidade na dependência de uma pessoa que lhes ame, e, por não estarem preparadas para a vida, tornam-se metade. Uma metade em busca de outra metade. Mas foi àquela metade só, desacompanhada que me chamou atenção. No chão, abandonada, ácida, sem viço...

...a banda de uma laranja.

Alice Nascimento


3 comentários:

  1. Oi Lika...o titulo me lembra a musica do Oswaldo Montenegro, mas o conteudo me lembra maturidade...
    Tenho um poema que falo exatamente sobre a felicidade...realmente são momentos que não duram a aternidade, assim feito a tristeza que vem e passa dividindo espaço dentro da alma, dentro do coração da gente com a própria alegria
    Um abraço na alma...uma terça de bons momentos
    Beijo

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  2. Então Minha Linda Lika... acho que vamos passando pela vida e a maturidade nos faz perceber e enxergar que precisamos ser inteiros... Até mesmo para nos permitir ser metade atuante do inteiro que irá ser ao unir com a metade de outro alguém!
    Mas que nunca em tempo algum, jamais percamos a nossa completude por ninguém.

    Vamos que vamos Lika...

    Beijos e meu carinho

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  3. Élcio, é interessante a leitura que fazemos, da Metade. Será que somos metade ou somos inteiros, mesmo entre tristezas e felicidades?!

    Tati, lindo..." mas que nunca, em tempo algum, jamais percamos a nossa completude por ninguém" FORTE DEMAIS!!!

    Guardo tua frase com carinho!!

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