2.4.11

Dia em fim

A estrada abria-se ao horizonte e a velocidade empregada satisfazia a necessidade de poupar a tecnologia e abrir as janelas do carro para voar com o vento. Passava do meio dia.Uma chaleira apitava freneticamente denunciando a pressão da água escaldante. Os pneus desesperados gritavam tentando agarrar-se ao chão, úmido e arenoso, ralhando com a lama desabrigada pelo intenso temporal, que ali havia repousado... tarde demais! Vida e morte; sorriso e lágrima, música e silêncio... freio e pista molhada..antagonia. Os instantes são meras distrações do tempo indiferente a existência humana: tão imprecisos, tão fatais, tão serenos que estar vivo é uma condição que deve transcender a simples existência, é absorver os milésimos de segundos como se eternidade fossem.

Uma vida...quem foi, o que fez e o que deixou de fazer...enfim...


2 comentários:

  1. você escreve muito bem, parabéns!

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  2. Lika... Reencontrar alguém que marcou a nossa vida com os seus passos é sempre muito bom. Ainda mais quando se trata de uma pessoa com tantos dons especiais!

    Fiquei muito feliz em te encontrar aqui na Blogosfera.

    Hoje bem mais que ontem percebo claramente o que as suas palavras dizem: "Os instantes são meras distrações do tempo indiferente a existência humana."

    Não deixarei apagar as pegadas que me trouxeram até aqui...

    Um abraço carinhoso

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